✍️ Por Francesca Vecchi | 28 de julho de 2025 | Adaptação para o Brasil por Eternizare Blog
Outro dia recebi um e-mail que me fez ferver por dentro.
“Num mundo obcecado pela perfeição nas redes sociais, uma noiva está reescrevendo as regras – e economizando muito ao fazer isso. Jodie Atkinson organizou uma festa de noivado linda e digna de Instagram gastando pouco mais de R$ 650, comprando exclusivamente na Temu. De bolas de espelho a flores secas, ela economizou 87% na decoração sem abrir mão do estilo. Uma inspiração para quem quer fugir da pressão do ‘casamento perfeito’ e abraçar a autenticidade. Você gostaria de publicar essa história inspiradora?”

Spoiler: não, eu não quis.
Mas minha resposta foi outra:
“Não, obrigada. Empresas como a Temu destroem o planeta, prejudicam pequenos empreendedores e desvalorizam o trabalho artesanal. Se quiserem publicar um texto sobre isso, aí sim temos uma conversa.”
Nunca mais me responderam.
Mas quer saber? Talvez seja hora de falar sobre isso.

🛍️ Todo mundo ama uma promoção. Mas a que custo?
Não vou bancar a santa aqui. Já comprei na Shein. Já peguei uma oferta na TikTok Shop. Mas nunca aceitei um pacote da Temu bater à minha porta – e me orgulho disso.
A questão não é ser o exemplo perfeito de consumo consciente, mas entender o impacto por trás das nossas escolhas.
Porque, convenhamos: aqueles “achadinhos” de casamento por R$ 2,99 têm um preço — e não é o que está na etiqueta.
Você acha que uma plaquinha “Sr. e Sra.” dourada custa R$ 1,50 porque foi feita com amor por um artesão brasileiro sendo pago de forma justa? Não. Foi produzida em massa, com materiais baratos e trabalho mal remunerado, e cruzou o oceano envolta em plástico para chegar até você.
